Organização 
Pedro Fernandes de Oliveira Neto 

Projeto gráfico, editoração eletrônica e diagramação 
Pedro Fernandes de Oliveira Neto 

Páginas 
112 

Formato 
edição eletrônica 

Autores desta edição
Carlos Augusto Cavalcanti, César Augusto Rodrigues, Clauder Arcanjo, Daniel Morga, Darlan Alberto T. A. Padilha (Dimytryus), Edson Bueno de Camargo, Eloisa Menezes, Jorge Humberto, José rOgério Dias Xavier, Kalliane Sibelli, Marcelo Moraes Caetano, Mário Lúcio Barbosa, Renata Iacovino, José Antonio Rodrigues Júnior, José Rosamilton, Tino Portes, Valquíria Gesqui Malagoli, Vinícius dos Santos 

Autores convidados
Márcio de Lima Dantas, Maria Lúcia de Amorim Garcia  

Descrição 

O poema essa estranha máscara mais verdadeira do que a própria face 
(Mário Quintana)

O mundo contemporâneo tem passado por movimentos diversos que encareceram o modo de existir dos sujeitos. Tanto é verdade que o fantasma encarnado na palavra “crise” tem sido o que hoje a tudo povoa. A consolidação das primeiras marcas desse fenômeno de crise, surgido pela soma de uma série de episódios, se dá, sobretudo, por aqueles elementos desencadeados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Sem dúvidas, as transformações que este episódio, em particular, trouxe ao mundo não se resume apenas à modificação das linhas espaciais do continente físico europeu e as subjetivas dos indivíduos (dos seus modos de agir e ser), mas, feito rastilho de pólvora, se alastra e contamina o mundo todo e todos os setores; no terreno da arte não foi diferente: também as transformações se fizeram marcantes. Lembremo-nos dos movimentos da chamada era moderna que solavancaram esse território introduzindo novas temáticas, novas formas de uso da arte e novos modos e usos da linguagem.

É nesse contexto de modernidade que o ano de 1927 será, como um marco, significativo para a cidade do Natal. Pela época o eixo Rio-São Paulo lia Primeiro caderno do aluno de poesia de Oswald de Andrade, de Oswald de Andrade, ou Clã do jabuti, de Mário de Andrade, dois dos principais precursores do movimento modernista no País e duas obras símbolo dessa nova maneira de fazer e entender arte literária. O motivo de tal importância desse ano é que por aqui, também como no Centro-Sul, se assistia a publicação de um livro inusitado, tanto na forma (86 páginas, 15X21, em forma de caderno de desenho e impresso em papel barato tipo de jornal) quanto no conteúdo (portando singelos quarenta poemas). E ainda vinha com um título inusitado, Livro de poemas de Jorge Fernandes. Tudo isso, aos olhos do nosso provincianismo causou, certamente, estranhamento e, por que não, celeuma no meio artístico, ainda, de certo modo, encantado com os versos primaveris exalando o perfume da rima perfeita.

A poesia de Jorge Fernandes inaugura por cá aquilo que já se operava com grande veemência pelo Sudeste. De modo que é uma poesia significativa porque rompe com a estética perfeita e bem desenhada do parnasianismo e vem apresentar que o exercício poético é mais do que “escrever versos metrificados/ contadinho nos dedos”, mas uma labuta constante que se apropria da matéria do próprio cotidiano e da língua corriqueira para refundar novas maneiras e usos da linguagem; o entendimento de que no poema se fundam novos territórios e novas dimensões do pensar e do existir; o poeta cria para si um mundo à parte (uma máscara, para uso dos versos de Mário Quintana) que lhe outorga fins mais puro e mais verdadeiro do que a própria realidade. Em Jorge Fernandes são elementos materiais da modernidade – as máquinas das fábricas, os automóveis, a velocidade, a imagem, a visualidade sonora, e os aviões, sobretudo (está aí o motivo da capa desta edição).

Além de toda essa importância para o cenário da Literatura no Estado, e esse será outro motivo pelo qual sai esta edição em homenagem ao poeta, ano passado foi publicada uma belíssima edição reunindo toda a produção de Jorge Fernandes; trata-se do livro Jorge Fernandes – o viajante do tempo modernista, organizado, em mais de trinta anos de pesquisa, pela professora Maria Lúcia de Amorim Garcia. Tal empreitada da professora reinaugura o olhar para a obra-prima de Jorge Fernandes e apresenta-nos outras faces do poeta e do fazer-se poeta. Logo, o nome de Jorge Fernandes constitui, peça fundamental a que esse caderno registra em homenagear na sua segunda edição: um poeta dono de um espírito moderno, que redescobre o poder da palavra; um poeta para uma era ainda mais sofisticadamente moderna e novamente ressignificado na corrente literária do Rio Grande do Norte. 


Pedro Fernandes de Oliveira Neto





A Revista 7faces [caderno-revista 7faces até 2016] trata-se de uma publicação dedicada à poesia. Possui tiragem semestral; é editada e distribuída em meio eletrônico, desde 2010, gratuitamente. A ideia projetada por Pedro Fernandes passa a ser editada em parceria com Cesar Kiraly a partir da 7.ª edição. Com ares de revista e tons de caderno, este periódico publica poemas – de poetas reconhecidos ou não; a proposta é a circulação de poesia por entre poetas e leitores do gênero em todos os lugares do Brasil e do exterior, em língua portuguesa.


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Título
Palavras de pedra e cal

Gênero
poesia 

Autor
Pedro Fernandes de Oliveira Neto

Capa
Pedro Fernandes de Oliveira Neto

Páginas
37

Formato
e-book 

Descrição 
Palavras de pedra e cal reúne todos os poemas de Pedro Fernandes de Oliveira Neto até 2009 publicados em várias outras mídias, como jornais, revistas, sites e blogs. Trata-se de um trabalho heterogêneo, composto de amostras poéticas. O e-book foi publicado por ocasião das celebrações pelo três anos do blog Letras in.verso e re.verso.

Para acessar a página de divulgação do e-book, clique aqui.

























Título
Um retrato de Joyce in amostra fotográfica

Gênero
catálogo 

Organizador
Pedro Fernandes de Oliveira Neto

Páginas
71

Formato
edição eletrônica


Descrição
Entre os dias 05 e 10 de agosto de 2008, o blogue Letras in.verso e re.verso esteve com a exposição virtual Um retrato de Joyce in amostra fotográfica; à época o material foi elaborado em comemoração ao centenário do clássico do escritor, Ulysses. Dois anos depois, a título de preservação da ideia, o material foi recolhido num caderno, disponível agora para baixar em formato PDF.

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